Desafio #1: A crença generalizada de que lidar com a diversidade, equidade e inclusão sobrecarrega consideravelmente os docentes.

 


“Uma das maiores dificuldades evidenciadas pelos docentes, e que causa perturbação na qualidade do trabalho desenvolvido no âmbito da educação inclusiva e de uma adesão plena aos princípios preconizados na Lei, é o grande volume de medidas (universais, seletivas ou adicionais) a implementar e a acumulação de atividades daí decorrentes, com vista ao desenvolvimento pessoal, interpessoal e social, face à quantidade de alunos que destas usufruem. (…)

 

Exemplo #3:

“O problema consiste em organizar programas e atividades suficientemente compreensivos e coerentes para responder aos objetivos da educação inclusiva. É até difícil saber exatamente no que consiste a educação inclusiva que tanto se apregoa hoje nas escolas. A mensagem mais difundida é que a escola é para todos e que todos têm direito a aprender tudo e ao seu ritmo. Isto levanta pelo menos três questões que me inquietam. Será que tudo está ao alcance de todos? E se é o aluno a marcar o ritmo, o professor tem de avançar a quantos ritmos diferentes? Mais, como pode o professor assumir um papel responsável perante os alunos e a sociedade quando está sobrecarregado com o propósito de chegar a tudo e a todos? É ter de olhar em diversos sentidos ao mesmo tempo e arriscar perder o norte [...]”

Docente, Ensino Secundário

 

Como ultrapassar este desafio? O trabalho que se faz é todo eficaz? Como podemos gerir mais eficazmente o tempo? Como serão os dispositivos ideais de colaboração, de registo significativo, articulação e monitorização? Quão longe está a minha escola desta gestão eficiente?"

 

Retirado de "Módulo 1: Gestão da Educação Inclusiva"

12 comentários:

  1. Alina Pereira, Paula Coelho, Isabel Patronilho, Sónia Canudo16 de outubro de 2023 às 19:02

    Uma das maiores dificuldades sentidas pelos docentes é chegar a cada um dos alunos, respeitando o seu ritmo de aprendizagem. Ultrapassar este desafio é muito difícil e complexo, sendo necessária uma maior articulação entre vários intervenientes (prof, técnicos, E.E, orgãos de gestão).
    O trabalho feito é pouco eficaz, uma vez que é demasiado burocrático, o programa é muito extenso, existe um elevado número de alunos por turma, que dificulta o trabalho do professor, sendo difícil uma gestão eficaz.
    Para gerir melhor o tempo, pode-se recorrer ao trabalho de pares (melhores alunos com alunos com mais dificuldade), diversificar a metodologia de trabalho recorrendo às novas tecnologias.
    Para monitorizar e registar o trabalho, podemos utilizar grelhas de avaliação simplificadas, elaborar fichas específicas partilhadas na drive, para que todos tenham acesso.
    As regras impostas pela tutela à escola não permite uma gestão eficiente nesta área (ex: redução do número de alunos/turma e elaboração adequada dos horários dos alunos)

    ResponderEliminar
  2. Grupo da sala 3
    - Ilda Trota
    - Élia Silva
    - Fernanda Sequeira
    - Maria Nunes
    - Márcia Ramalho


    Como ultrapassar este desafio?
    Podemos ultrapassar o desafio com:
    - a redução de turmas;
    - maior conhecimento dos alunos e das familias;
    - estabilidade no corpo docente;
    - empatia do docente com os alunos e com as familias;
    - horários adequados às suas necessidades;
    - redução do trabalho burocrático.

    O trabalho que se faz é todo eficaz?
    Inicialmente o trabalho é preparado para a eficácia total mas, esta nunca é conseguida devido aos condicionalismos sociais e culturais.

    Como podemos gerir mais eficazmente o tempo?
    - Planear aprendizagens colaborativas;
    - Recursos necessários à sua concretização;
    - Utilizar metodologias adaptadas/estratégias diferenciadas.

    Como serão os dispositivos ideais de colaboração, de registo significativo, articulação e monitorização?
    - Simplificar utilizando a tecnologia/digital com grelhas de preenchimento rápido e online, com partilha para todos os membros do conselho de turma;
    -Identificar precocemente os interesses dos alunos encaminhando-os para saidas/cursos, para que estes obtenham sucesso pleno.

    Quão longe está a minha escola desta gestão eficiente?
    As escolas estão a tentar ir ao encontro do desenvolvimento tecnológico mas, ainda não existem condições suficientes para as aplicar na sua plenitude.



    ResponderEliminar
  3. Francisca Leitão, Sara Rocha, Vanda Dias, Manuela Pedroto, Sílvia Francisco .

    A orgânica da escola deverá mudar radicalmente, numa primeira instância mudar a distribuição de serviço que é atribuído ao professor, esta deve ter por base o número de alunos e não os tempos letivos. A organização das turmas não pode ser feita tendo por base a heterogeneidade na sua totalidade, porque exigem demasiado do professor e este não consegue dar respostas de qualidade a todos os alunos de uma forma individualizada.
    Sentimos que, no geral, as escolas continuam distantes do modelo exigido. Há um regime rígido e pouco flexível. Há uma série de limitações no dia-a-dia que são o entrave à aprendizagem, à diferenciação e à efetiva inclusão dos alunos.
    Em suma, na atualidade sentimos que ser professora é uma missão que exige desafios permanentes e constantes, levando à exaustão emocional.

    ResponderEliminar
  4. Cristina Pombal/Florbela Fernandes/Teresa Silva/Teresa Cunqueiro
    Os professores deverão utilizar estratégias e dinâmicas de sala de aula que passe por incluir/envolver todos os alunos no processo de ensino/aprendizagem, nomeadamente: promover o trabalho colaborativo, dinâmicas de pares grupos e grande grupo; promover a empatia e a aceitação das diferenças através de debates, de reflexões e da própria disposição da sala.
    O trabalho seria mais eficaz se os recursos fossem suficientes/existissem para colmatar as necessidades de todas as crianças.
    A gestão eficaz do tempo passa pelo envolvimento dos alunos na organização dos recursos e das atividades.
    Construção de instrumentos de monitorização que envolvam as crianças. Autoavaliação e feedback dos professores e dos pares.
    Todas as escolas estão longe da gestão eficiente até haver uma reforma no Sistema Educativo que permita a "verdadeira" inclusão dos alunos.


    ResponderEliminar
  5. Sala 6: Luísa Santos; Graça Alexandre; Júlia Brito; Célia Sol
    - Capacitar os docentes para lidar com a diversidade na sala de aula (características pessoais e sociais dos alunos/ famílias)
    - A existência de mais recursos humanos/materiais em contexto de sala de aula
    - Envolver os encarregados de educação no percurso escolar dos educandos
    - Promover a valorização da Escola junto dos pais, mediante sessões dinamizadas por outros técnicos (psicólogos/assistentes sociais dos Agrupamentos)
    - Oferta de currículos diversificados
    - Construção de ferramentas pedagógicas adequadas ao perfil dos alunos e de fácil uso e para monitorização do trabalho do professor e de fácil acesso a todos os docentes/técnicos envolvidos com os alunos.
    -Há um esforço da gestão da escola para a inclusão de todos os alunos, que fica aquém do que é desejável

    ResponderEliminar
  6. Sala 2: Alexandra de Melo, Carla Figueiredo, Ana Póvoa, Silvana Costa e Elsa Rodrigues
    1. Desafios:
    - Estudo/interpretação da lei vigente. A lei não pode ser dúbia, inclusive pelo Ministério da Educação.
    As direções dos Agrupamentos, em parceria com a EMAI, deverão ter o cuidado de, no início do ano letivo, de realizar sessões de esclarecimento para toda a comunidade educativa sobre a lei e em particular sobre os procedimentos a adotar no Agrupamento, face à lei 54 e à lei 55.
    - Ter tempo para Conhecer plenamente os alunos e trabalhar com estratégias pedagógicas diferenciadas.
    O trabalho a desenvolver com o grupo de alunos, depende do conhecimento prévio que os professores têm dos mesmos.
    - Avaliação: Deve ser muito clara.
    O processo de avaliação para as aprendizagens deve ser transparente e deve incluir o aluno na sua própria construção.
    - Controle da Indisciplina.
    2.Não consideramos que o trabalho seja eficaz. Os projetos são eficientes mas, a falta de recursos humanos leva a constrangimentos que não possibilitam o desenvolvimento de competências quer cognitivas, quer sociais e pessoais dos alunos.

    3. Havendo recursos Humanos, deveriam apostar nas coadjuvações, turma +, apoios educativos, oficinas, podendo apostar no trabalho pedagógico diferenciado e com mais tempo e de maior qualidade para os alunos.

    ResponderEliminar


  7. Devemos planificar consoante as necessidades de cada aluno, bem como incrementar a oferta de currículos alternativos.
    Redução do número de alunos por turma, com o objetivo do docente chegar a todos os alunos. Utilizar estratégias diferenciadas de modo a cativá-los/motivá-los para as aprendizagens.
    Nem todo o trabalho que é realizado é eficaz, uma vez que é demasiadamente burocrático e os programas são de uma extensão assinalável.
    Devemos usar grelhas de monitorização/avaliação, registo dos trabalhos, a autoavaliação e o feedback de qualidade, de modo a que os alunos consigam identificar o que terão de melhorar. Todas as escolas fazem o esforço para que haja uma gestão eficiente mas a falta de recursos humanos pode inviabilizar esta situação.

    Daniel Faria
    Ana Luísa Sorna
    Dora Serafim
    Aldina Roque

    ResponderEliminar
  8. Sala 3 - Paula Filipe, Manuela Lapa, Rui Carvalho

    Sim, vai sempre haver um trabalho acrescido para o docente, assim é a diferenciação pedagógica.

    Sugestões para ultrapassar:
    Coadjuvação
    Trabalho de Projeto


    ResponderEliminar
  9. Ida Reis, Ana Hang, Maria João Chaínho, Noélia26 de outubro de 2023 às 18:15

    Como ultrapassar este desafio? O trabalho que se faz é todo eficaz? Como podemos gerir mais eficazmente o tempo? Como serão os dispositivos ideais de colaboração, de registo significativo, articulação e monitorização? Quão longe está a minha escola desta gestão eficiente?"

    De modo a agilizar todo o processo e evitar toda a burocracia, que leva a uma grande perda de tempo e desgaste por parte do professor, os documentos poderiam ser partilhados na drive dentro da comunidade educativa, incluindo a direção.
    O trabalho não é eficaz, o professor não consegue atender as necessidades de todos os alunos.
    Os nossos Agrupamentos não têm uma gestão eficiente. Tendo em conta que uma gestão eficiente implica menos trabalho burocrático e maior resposta por parte da Educação Especial e tutela.
    Para ser eficaz deveria de haver uma reforma no Sistema Educativo.

    ResponderEliminar
  10. Sala 3- Carla Frade, Consolação Alagôa, Helena Gonçalves, Mª Raquel Chaínho

    Como ultrapassar este desafio?
    - Trabalho em equipa multidisciplinar

    O trabalho que se faz é todo eficaz?
    - O trabalho não é totalmente eficaz mas permite-nos refletir sobre o trabalho que estamos a desenvolver e a melhorar.

    Como podemos gerir mais eficazmente o tempo?
    - Criação de estratégias diversificadas com a finalidade de incluir o maior número de alunos.
    - Partilha de alunos da turma/pequenos grupos com outros colegas.

    Como serão os dispositivos ideais de colaboração, de registo significativo, articulação e monitorização?
    - Aqueles que os docentes decidirem, em conjunto, para usarem como registos/instrumentos de trabalho.
    - Mente aberta para outras opiniões e formas de trabalho.

    Quão longe está a minha escola desta gestão eficiente?
    - As escolas estão no bom caminho! Porque o caminho faz-se caminhando.

    ResponderEliminar
  11. Este desafio sobrecarrega sem duvida os docente, visto ser muito burocrático, com imensos papeis a preencher, sinalizações, medidas a adotar, mas se no final não tivermos os meios humanos para a resolução do problema, tudo não passa de boas intenções e de esperança que se consiga resolver alguma coisa... Para tentar ultrapassar esta questão e sem apoio da tutela, o docente tem que se organizar em sala de aula, o que requer esforço, empenho, pesquisa, abertura, dedicação e revisão de conceitos relativamente ao modo como chegamos aos alunos; apoiando-se nos seus pares, na docente de apoio educativo e de ensino especial, nas terapeutas e psicólogas, assim como nos Encarregados de Educação.
    Consequentemente e sem apoios fundamentais, o trabalho é pouco eficaz, dependendo dos recursos de cada Agrupamento/escola.
    Poderíamos caminhar para uma situação perto do ideal, através de uma avaliação formativa, com uma monotorização regular e com elaboração frequente de rubricas a fim de dar conhecimento aos alunos do seu percurso, assim como mais recursos humanos em sala de aula.
    Todas as escolas estão longe desta gestão eficiente, umas por falta de recursos, outras por quererem deixar transparecer que a situação é ideal sem o ser.
    Susana Canelhas
    João Cabaço
    Maria do Carmo Cabaço
    Mª José Fernandes
    Marília Borralho


    ResponderEliminar
  12. Sofia Sobral
    Ana Videira
    Carla Figueiredo

    Turmas mais pequenas
    Mais coadjuvações
    Escolas mais munidas com outros recursos humanos (psicólogos, TF, TO) como equipa de apoio
    Avaliação mais diversificada , continua com maior importância formativa
    Trabalho de projeto com temáticas colocadas em debate
    Trabalho em pequenos grupos

    ResponderEliminar